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Fósseis mais antigos que os dinossauros são encontrados durante obra em rodovia no Paraná

Animal pré-histórico endossa a teoria da existência do ‘supercontinente’. Entenda.

Fósseis mais antigos que os dinossauros são encontrados durante obra em rodovia no Paraná
A equipe do Laboratório de Geologia da Unicentro, responsável pela exploração da área, já coletou cerca de 30 peças com fósseis e segue realizando buscas. - Foto: Divulgação/DER-PR

Uma obra na PR-364, entre Irati e São Mateus do Sul, foi paralisada após a descoberta de fósseis mais antigos que os dinossauros. O animal encontrado reforça evidências sobre a existência do supercontinente Pangeia.

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Mesosaurus brasiliensis foi uma espécie de lagarto que viveu há cerca de 280 milhões de anos. Fósseis desse animal já foram encontrados em regiões da América e da África, o que endossa a teoria de que os continentes já foram unidos e se separaram ao longo do tempo.

Mesosaurus brasiliensis ajudou a comprovar a existência da Pangeia. Foto: Reprodução/Universidade do Contestado

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“Estamos procurando preservá-los [os fósseis], para catalogação, para exposição e quem sabe os nossos acadêmicos se interessem pela paleontologia local. Quem sabe, a partir desse material, surjam novas pesquisas, novas descobertas”, afirmou o professor de Geografia da Unicentro, Luiz Carlos Basso, em entrevista ao G1.

Essas tarefas estão sendo feitas no Laboratório de Geologia da universidade, no Câmpus Irati. A equipe já coletou cerca de 30 peças com fósseis e segue realizando buscas no local.

As atividades de preservação estão sendo realizadas no Laboratório de Geologia da universidade, no câmpus Irati. A equipe já coletou cerca de 30 peças com fósseis e continua as buscas no local.

A descoberta ocorreu durante as obras de asfaltamento na PR-364, em maio de 2025. Diante da presença do sítio arqueológico, o Ministério Público Federal (MPF) determinou que o Instituto de Água e Terra (IAT) cancelasse a licença ambiental da obra, suspendendo as futuras intervenções na área.

Segundo a procuradora Monique Cheker, autora do documento, “a obra representava um risco de dano ambiental e arqueológico, considerando a importância dos fósseis para a proteção do patrimônio histórico-cultural e ambiental do país e do mundo”.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) informou que estão sendo estudadas alternativas para retomar o serviço, mas ainda não há previsão de novo cronograma.

Maringa.Com, com informações do G1 Paraná.
Por Gabrielle Nascimento