UEM está entre as cinco melhores estaduais do Brasil, aponta ranking da América Latina
Com destaque na pesquisa, UEM figura entre as principais instituições em avaliação internacional.
Publicado na última semana pela revista britânica Times Higher Education (THE), o Latin America University Rankings 2024 atestou a evolução da Universidade Estadual de Maringá (UEM) em âmbito nacional e internacional.
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A publicação especializada em ensino superior classificou a UEM entre as cinco melhores universidades estaduais do Brasil, ao lado da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A UEM segue, portanto, na liderança entre as universidades estaduais da região Sul do país. Além disso, figura na segunda colocação entre todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do Paraná, atrás somente da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na classificação geral.
De acordo com o reitor, Leandro Vanalli, o resultado do ranking reflete o trabalho da administração na busca por recursos e investimentos, bem como o esforço diário da comunidade acadêmica. "Todas as ações da gestão são voltadas a garantir a melhoria contínua dos serviços prestados pela Universidade a seus servidores e estudantes, bem como à comunidade externa, em todos os locais onde nos fazemos presentes por meio do ensino, da pesquisa e da extensão. E o bom posicionamento neste ranking confirma a tendência de evolução ano a ano, pois temos visto a UEM e as demais universidades paranaenses crescendo perante as IES do Brasil”, celebrou.
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Considerando todas as universidades federais, estaduais e privadas do Brasil, a UEM obteve destaque ao ingressar no top-25 nacional - a Universidade foi ranqueada na 24ª colocação, um salto de quatro posições em relação ao ano passado. Em âmbito latinoamericano, a UEM também obteve um avanço importante: subiu do 50º lugar, em 2023, para a 38ª colocação em 2024.
Os dados também confirmam a tendência de evolução registrada pela Universidade nos últimos anos - na edição de 2020 do mesmo ranking, por exemplo, a UEM era apenas a 36ª melhor universidade brasileira e a 81ª classificada na América Latina. Desde então, a instituição melhorou significativamente seu posicionamento, ainda que o número total de IES ranqueadas tenha crescido.
O Latin America University Rankings 2024 considerou, ao todo, 214 universidades públicas e privadas de 16 países diferentes da América Latina. Foram analisadas 69 IES brasileiras, oito delas sediadas no Paraná.
Destaque na pesquisa
O avanço da UEM no ranqueamento foi capitaneado por uma evolução significativa no quesito que mede a qualidade da pesquisa desenvolvida na instituição, denominado Research Quality.
A nota da UEM no indicador saltou de 28,8, no ano passado, para 40,9 em 2024, o que reflete o trabalho intenso dos pesquisadores da instituição e os investimentos em pesquisa realizados pelo governo estadual.
Além disso, o quesito, que responde por 20% da nota geral da avaliação, sofreu alterações na metodologia de avaliação em relação ao ano passado. Para este ano, foram introduzidos três novos critérios de análise - força, excelência e influência da pesquisa -, que consideram fatores como o número e a relevância de citações recebidas por artigos científicos produzidos na universidade. Conforme a THE, o ranqueamento considerou mais de 157 milhões de citações de 18 milhões de artigos de periódicos, resenhas de artigos, anais de conferências, livros e capítulos de livros, publicados ao longo dos últimos cinco anos. Os dados foram fornecidos pela editora especializada Elsevier.
“Em especial, nos alegra atestar o crescimento da Universidade no indicador que mede a qualidade da pesquisa, o que se deve, certamente, ao empenho de docentes, estudantes e pesquisadores vinculados aos nossos centros de ensino, departamento e programas de pós-graduação”, destacou o reitor. “Ao mesmo tempo em que nos enche de orgulho, este resultado nos motiva a continuar fazendo mais e melhor pela consolidação da UEM como uma das melhores universidades do Brasil".
A UEM também obteve destaque nos indicadores Research Environment e Teaching, que representam, respectivamente, 33,5% e 35% da nota final. No primeiro, que avalia o ambiente de pesquisa da instituição, a UEM teve a 25ª melhor avaliação do Brasil. Foram avaliados critérios como produtividade e reputação dos pesquisadores.
Já no segundo, que diz respeito à qualidade do ensino ofertado pela instituição, o posicionamento da UEM foi ainda melhor - 21º lugar entre as 69 universidades brasileiras ranqueadas. Dentre os critérios avaliados, estão a proporção de servidores por estudantes e o índice de doutores entre os docentes.
O Latin America University Rankings 2024 não foi a única publicação recente a comprovar a excelência da UEM no âmbito da pesquisa. Publicado no início do mês, um ranking produzido pela Universidade de Stanford (EUA), também em parceria com a Elsevier, listou 12 pesquisadores da UEM entre os 2% cientistas mais influentes do mundo. O avanço em relação a 2023 foi de 33,3% - nove docentes da Universidade haviam sido selecionados no ano passado.
Já em relação à avaliação geral, a instituição obteve destaque no Ranking Universitário Folha (RUF) 2024, publicado em outubro. O ranqueamento também classificou a UEM como a melhor universidade estadual do Paraná e da região Sul do Brasil. Além disso, a UEM atingiu a maior nota no quesito Ensino entre todas as IES do Paraná, sejam elas federais, estaduais ou privadas.
Times Higher Education
Fundada em 1971, a THE produz rankings globais e regionais de universidades pelo mundo, bem como publica artigos, notícias e pesquisas sobre o tema. A revista britânica é referência mundial no âmbito do ensino superior.
Conforme a THE, o ranking latinoamericano, publicado no início deste mês, tem como base os mesmos indicadores utilizados para a criação do World University Rankings, que avalia universidades do mundo inteiro e também é publicado anualmente. A revista ressalta, no entanto, que a metodologia global passa por ajustes para contemplar características específicas do continente.
Além dos já citados indicadores Research Quality (qualidade da pesquisa), Research Environment (ambiente de pesquisa) e Teaching (ensino), a avaliação também levou em conta os quesitos Industry (apoio à indústria) e International Outlook (internacionalização), que agregam pesos menores na nota final - 7,5% e 4%, respectivamente.
No ranqueamento deste ano, além da UEM, o ensino superior público paranaense foi representado pelas universidades estaduais de Londrina (UEL), de Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste), bem como pela UFPR e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Também foram avaliadas duas IES privadas do estado.
Mais informações sobre o ranking e a metodologia empregada estão disponíveis no site da publicação.