ELEIÇÃO

Entrevista com Eliseu Fortes, candidato à prefeitura de Maringá pelo Patriota

A entrevista com Eliseu Fortes é a quinta da série de matérias com os prefeituráveis de Maringá

Entrevista com Eliseu Fortes, candidato à prefeitura de Maringá pelo Patriota
O intuito da série de entrevistas é fazer com que o público conheça um pouco mais sobre os candidatos, suas opiniões e propostas. - Foto: Divulgação

Ciente da importância do papel eleitoral de cada cidadão, o Maringa.Com realizou uma série de entrevistas com os candidatos e candidatas à prefeitura de Maringá. As entrevistas consistem em um questionário com 13 perguntas abordando diferentes aspectos e problemáticas da cidade. Confira as respostas do candidato Eliseu Fortes: 

Nome de Urna:
Eliseu Fortes

Nome completo:
Eliseu Alves Fortes

Data de nascimento:
15 de janeiro de 1973

Filiação (Partido):
Patriota

Cargos políticos exercidos:
Controlador-Geral do Município de Maringá de maio a outubro de 2017. Não sou político. Jamais participei de nenhuma eleição.

Qual é a vocação de Maringá (turismo, indústria, educação, etc.) e qual será o foco para explorar e ampliar este perfil que a cidade possui?

Maringá tem um perfil atrelado à comércio e serviços. Isso, sem deixar de fora o turismo de eventos. Infelizmente, as administrações de Maringá não deram foco à indústria que é a principal geradora de emprego e renda em todo o mundo. Na nossa gestão, vamos desburocratizar a administração de Maringá de modo a dar condição para o empreendedor trabalhar. Tanto nas áreas em que Maringá já demonstra uma vocação quanto na indústria, de modo que não vamos desperdiçar as oportunidades que vierem a ser oferecidas à nossa cidade na área industrial.

Uma reclamação recorrente de quem mora na periferia é de que as ações governamentais ocorrem mais no centro. Se eleito, o que fará em prol da área periférica de Maringá?

Entendo que a politicagem perdurar, os políticos de carreira só terão olhos para o Centro da Cidade. Nós temos uma visão macro da cidade. Faremos com que o comércio dos bairros seja valorizado e que as benfeitorias alcancem toda a coletividade. Essa ideia de que somente o Centro é que precisa de benfeitorias é algo que já não é mais aceito pelo povo maringaense. Aliás, nós, o povo, é quem devemos dizer ao governo municipal o que queremos que ele faça e não o contrário.

Qual será o principal projeto cultural e como será realizado?

Nosso projeto de governo prevê a troca de referência das nossas crianças. Isso se dará com a implantação de aulas de música, dança, teatro, canto, esportes, etc... Nossas crianças terão a condição de verificar que há um mundo além das bolhas de redes sociais. Terão contato com pessoas que farão com que mudem suas referências durante o tempo em que estarão na rede municipal de ensino. Isso fará com que projetos culturais sejam adicionados ao ensino de modo que Maringá será uma cidade absolutamente integrada nos mais diversos projetos culturais.

Nos últimos cinco anos, a população em situação de rua dobrou em Maringá. De acordo com a última pesquisa realizada pelo Observatório das Metrópoles, em 2019 o índice foi 27% superior ao ano de 2018 e muitos indivíduos estão nessa situação há menos de um ano. Como o município pode auxiliar para que essas pessoas saiam da situação de rua?
 
A grande maioria das pessoas em situação de rua em Maringá são de trabalhadores que não possuem condição de arcar com o pagamento de aluguel. Essas pessoas dormem na rua, mas, no outro dia, trabalham. Em vista disso, nosso projeto de acolhimento dos moradores em situação de rua levará em linha de conta a velha máxima de que, mais importante do que dar o peixe é ensinar a pescar.

Sendo assim, faremos o acolhimento dessas pessoas que são trabalhadoras e vamos disponibilizar políticas públicas para que possam alcançar a casa própria. Quanto aos dependentes químicos, iremos realizar a internação compulsória, haja vista que essas pessoas não têm a condição de decidir por si mesmas. Àqueles que possuem famílias serão reintegrados a essas famílias, inclusive, contando com a ajuda de profissionais de diversas áreas como Psicólogos, Assistentes Sociais, Médicos, etc...

Após dois anos consecutivos em primeiro lugar como a melhor cidade do Brasil, Maringá caiu de posição e se encontra em segundo lugar no ranking “Desafios da Gestão Municipal (DGM)” que analisa quatro setores fundamentais: saúde, educação, segurança e saneamento e sustentabilidade. Na sua opinião, quais medidas deveriam ser tomadas para Maringá recuperar a liderança?
 

O populismo acaba com a qualidade de vida em qualquer cidade do mundo. Infelizmente em Maringá vive quase 4 anos de populismo. Não há preocupação com a qualidade na Saúde, na Educação, na Segurança, no Saneamento e Sustentabilidade. A Educação tem mais de R$ 1 milhão de de gasto obrigatório, por dia corrido no ano, mas não vemos isso se transformar em qualidade de ensino. De igual forma a Saúde, tem muito dinheiro mas nenhuma gestão. Vamos modificar essa realidade colocando pessoas certas nos lugares certos. Vamos ensinar aos nossos alunos que, além de direitos eles possuem deveres.

Os alunos vão ter acompanhamento de perto e os professores voltarão a ser autoridade em sala de aula.
Na Saúde, vamos organizar o serviço público de forma que agilizaremos o atendimento nos Postos de Saúde (que são as portas de entrada do SUS). Enquanto não houver acolhimento nos Postos de Saúde, as UPAS continuarão superlotadas e a população continuará reclamando do atendimento.

O Saneamento básico precisa de uma revisão do contrato com a Sanepar. Ela (Sanepar) só investe em Maringá 19% do valor que arrecada aqui. É muito pouco e isso deve ser revisto. Além disso, a Agência Maringaense de Regulação deixará de ser um cabide de empregos, como é hoje. Ela tem a única função de fiscalizar a Sanepar e nada faz.*

A pandemia do Coronavirus acarretou uma crise no mercado formal em Maringá. De acordo com dados do Ministério da Economia, cerca de 9,5 mil maringaenses solicitaram o seguro-desemprego entre abril e junho de 2020. Este foi o maior patamar trimestral da série histórica, desde o ano 2000. De que maneira a prefeitura poderia amenizar esses números e quais seriam as medidas adotadas? 

Em primeiro lugar o Poder Público deve deixar de atrapalhar o empreendedor. Quando o Poder Público não atrapalha, o empreendedor consegue gerar emprego e renda. Em Maringá há uma indústria da multa e da burocracia. Para se ter uma ideia, para conseguir um alvará de funcionamento é um “parto”.

Além disso, os fiscais e auditores fiscais do município ganham gratificação por produtividade para fiscalizar e multas os contribuintes. A intervenção do Poder Público é tão grande que ninguém consegue escapar das multas municipais. Isso vai ser revisto e a cidade deixará de ser tão burocrática. Deixando de ser burocrática, a iniciativa privada faz com que o emprego e a renda voltem a reaparecer na nossa cidade.

O Plano de Mobilidade de Maringá, o PlanMob, tem como principal objetivo estabelecer um trânsito menos poluente, com maior qualidade no transporte coletivo e viabilidade para o uso de bicicletas como meio de transporte. Considerando a realidade maringaense, quais destes fatores seria o principal obstáculo a ser superado para a implementação do PlanMob de modo efetivo?
 
Somente se consegue modificar o paradigma de que somente quem tem automóvel é que alcançou o sucesso com o tempo. Seria mentira dizer que em 4 anos vamos mudar essa cultura do automóvel sendo sinônimo de sucesso. Vamos procurar educar as crianças de hoje para que, no futuro, tenham um novo paradigma a respeito da sustentabilidade e do uso de meios não poluentes de transportes. Dizer que esse problema será resolvido em 4 anos é mentir para a população.

Na sua opinião, qual é o principal problema a ser resolvido em Maringá? E como pretende resolvê-lo?

O principal problema de Maringá é a falta de gestão pública profissional. Maringá é uma cidade privilegiada em diversos aspectos, mas, a ausência de gestão faz com que os problemas não sejam resolvidos. Vamos colocar pessoas técnicas nos lugares em que se exige um técnico e vamos abandonar esse modo de preencher cargos por indicação política. Essa câncer da indicação política de pessoas despreparadas vai ser extirpado da nossa cidade.

CANDIDATOS –  O intuito da série de entrevistas é fazer com que o público conheça um pouco mais sobre os candidatos, suas opiniões e propostas. Confira a data de postagem de cada matéria. A ordem estabelecida é alfabética:

Akemi Nishimori - PL (5 de outubro)
Anníbal Bianchini - PTC (6 de outubro)
Audilene Rocha - Progressistas (7 de outubro)
Carlos Mariucci - PT (sem respostas)
Dr. Batista - DEM (8 de outubro)
Eliseu Fortes - Patriota (9 de outubro)
Evandro Oliveira - PSDB (13 de outubro)
Homero Marchese - Pros (14 de outubro)
José Luiz Bovo - Podemos (15 de outubro)
Professor Edmilson Aparecido da Silva - PSOL (16 de outubro)
Rogério Calazans - Avante (17 de outubro)
Ulisses Maia - PSD (20 de outubro)
Valdir Pignata - Cidadania (21 de outubro)

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