Saiba como a nova política de “vigilância contínua” pode afetar a emissão do visto americano
Com novas exigências dos EUA, incluindo acesso às redes sociais, advogado orienta sobre como evitar riscos migratórios.

O governo dos Estados Unidos iniciou a revisão de todos os 55 milhões de vistos válidos emitidos para estrangeiros — incluindo turistas, estudantes e trabalhadores temporários — por meio de um novo sistema automatizado de “monitoramento contínuo”, que analisa desde registros públicos até redes sociais dos portadores de visto.
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A medida, que integra o programa “Catch and Revoke”, já resultou na revogação de vistos e gerou apreensão entre estrangeiros, inclusive brasileiros, que temem perder o direito de entrada ou permanência nos EUA sem explicação clara.
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Para o advogado de imigração Murtaz Navsariwala, com 15 anos de atuação nos Estados Unidos, “a melhor estratégia é a prevenção, o cumprimento rigoroso da lei e a transparência documental. Essa política não é aleatória — ela visa casos com indícios de violação legal, risco à segurança ou inconsistências em registros oficiais.”
O especialista alerta que cada tipo de visto tem exigências específicas que agora estão sendo monitoradas com mais rigor. Ele destaca orientações práticas para viajantes brasileiros:
- Turistas (B1/B2): não ultrapassar o prazo de permanência, evitar atividades que pareçam trabalho e manter registros de hospedagem e passagens de volta;
- Estudantes (F1): seguir as regras do SEVIS, manter contato com a instituição, evitar publicações sensíveis em redes sociais e qualquer mudança de curso ou status sem aprovação;
- Trabalhadores temporários (H-1B, L-1, etc.): alinhar atividades à função autorizada, comunicar mudanças de empregador ou função e garantir que o empregador esteja em conformidade com as normas;
- Solicitantes de visto: esperar entrevistas mais rigorosas, com exigências adicionais de comprovações documentais e até acesso a redes sociais.
Diante desse novo cenário, a busca por informações seguras e apoio jurídico especializado torna-se essencial para quem deseja entrar, permanecer ou estudar nos Estados Unidos com tranquilidade.
O momento exige cautela, mas também oferece oportunidades para que imigrantes bem-informados e preparados continuem a construir suas jornadas de forma legal, transparente e protegida.
“Embora preocupante, o cenário pode ser contornado com orientação jurídica apropriada. O importante é não negligenciar detalhes que antes pareciam secundários”, finaliza Murtaz.