Documentário ‘A Pedra Que Caiu do Céu’ estreia no dia 30 de maio, em Maringá
Dirigido pelo professor e pesquisador Rodrigo Gontijo, produção mistura narrativa pessoal com história do Bendegó, maior meteorito encontrado no Brasil.

O documentário ‘A Pedra Que Caiu do Céu’, dirigido pelo pesquisador e professor Rodrigo Gontijo, estreia na Sala Cine UEM no dia 30 de maio, às 19h30. A produção entrelaça uma narrativa pessoal com a história do Bendegó, maior meteorito encontrado no território brasileiro.
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Segundo a sinopse, “através de sua existência quase mítica, o Bendegó se torna uma silenciosa testemunha das diversas violências sociais e culturais que marcaram o país, desde o final do século XIX até os dias atuais. A partir das marcas deixadas pelo tempo, o documentário revela camadas sobre memória e resistência.”
Rodrigo, que é professor do curso de Comunicação e Multimeios da UEM, é fascinado por astronomia desde a infância e descobriu, anos atrás, que o meteorito de cinco toneladas estava exposto no Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
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Quando o local pegou fogo, em 2018, a grande maioria do acervo foi queimado, menos o Bendegó. “Ele estava lá, intacto, no mesmo lugar, parecendo assistir toda aquela tragédia. Resolvi pesquisar sobre ele e comecei a ver sua proximidade com parte das violências sociais e culturais que o Brasil viveu”, explicou.
‘A Pedra Que Caiu do Céu’ começou a tomar forma em 2024. Durante uma viagem para a Bahia, Rodrigo visitou Canudos, cidade próxima do local em que o meteorito caiu em 1784, onde reuniu material para o documentário e conversou com moradores.
Em março deste ano, o idealizador do projeto retornou ao sertão baiano para apresentar uma versão do documentário finalizado para os entrevistados. “Foi uma recepção maravilhosa, o filme levantou debates sobre a retirada da pedra, a ausência do poder público no local onde o meteorito caiu e emocionou muita gente lá”, comemorou. “Aproveitei para fazer mais uns takes e, agora, faremos a primeira exibição aqui em Maringá”.
A sessão também contará com com intervenção musical de Tatá Aeroplano e um bate-papo entre Rodrigo Gontijo, Elizabeth Zucolotto, professora especialista em meteoritos do Museu Nacional/UFRJ, e Rael B. Gimenes, que trabalhou no desenho de som do documentário.