Entrevista com José Luiz Bovo, candidato à prefeitura de Maringá pelo Podemos
A entrevista com Bovo é a oitava da série de matérias com os prefeituráveis de Maringá
Ciente da importância do papel eleitoral de cada cidadão, o Maringa.Com realizou uma série de entrevistas com os candidatos e candidatas à prefeitura de Maringá. As entrevistas consistem em um questionário com 13 perguntas abordando diferentes aspectos e problemáticas da cidade. Confira as respostas do candidato Bovo:
Nome de Urna:
Bovo
Nome completo:
José Luiz Bovo
Data de nascimento:
16 de abril de 1953
Filiação:
Podemos
Cargos políticos exercidos:
Secretário Executivo de São Jorge do Ivaí por 11 anos. Prefeito de São Jorge do Ivaí por três mandatos. Secretário de Fazenda e de Gestão de Maringá por 11 anos (2006/20016) e secretário de Fazenda do Paraná, em 2018.
Qual é a vocação de Maringá (turismo, indústria, educação etc.) e qual será o foco para explorar e ampliar este perfil que a cidade possui?
Maringá é um polo regional importante, na prestação de serviços e no comércio. Tem potencial para o desenvolvimento industrial, em especial na área do agronegócio e da tecnologia.
Nos serviços nos destacamos na educação e na saúde.
Recebemos e vamos considerar o documento “Propostas Estratégicas de Plano de Governo para Maringá 2021-2014, elaboradas pelo Codem, muitas delas já previstas no nosso Plano de Governo.
Vamos atuar de todas as formas para a retomada da economia, no ano que vem, colocando em prática um programa de desenvolvimento econômico, com desburocratização (Alvará Automático e outras medidas) que facilitem a atividade econômica, apoio a setores econômicos, consolidação do Parque de TI, retomada da implantação da Cidade Industrial e do Tecnoparque.
A pequena, a microempresa e os empreendedores individuais terão políticas com tratamento diferenciado, favorecido e simplificado.
Com um calendário anual de eventos, elaborado pelo Gabinete, Secretaria de Cultura, de Desenvolvimento Econômico, em parceria com o Convention Bureau e entidades interessadas, vamos incentivar o turismo e outros setores da economia local.
Uma reclamação recorrente de quem mora na periferia é de que as ações governamentais ocorrem mais no centro. Se eleito, o que fará em prol da área periférica de Maringá?
A Prefeitura será atuante nos bairros e nos distritos, de forma permanente. Em todas as áreas eles serão atendidos: limpeza, saúde, educação, investimentos e obras, cultura, esporte, lazer, cidadania.
Na mobilidade, temos dezenas de trechos de ruas e avenidas para interligar, ciclovias e outras melhorias.
Na assistência social e na cidadania teremos ações e investimentos permanentes nos bairros e distritos.
Fala Bairro – O programa “Fala Bairro” terá atividades mensais, com reuniões agendadas em cada bairro. Nas reuniões, os moradores terão a oportunidade de apresentar as suas reivindicações ao prefeito e equipe de governo.
Na Prefeitura, o acesso ao Gabinete do Prefeito ocorrerá sem obstáculos e dificuldades.
Há vários projetos prontos para efetivar duplicações, prolongamentos e ligações, em todas as regiões da cidade.
Várias obras já programadas, não realizadas ou paralisadas, serão realizadas. Por exemplo, o Contorno da UEM, avenida João Pereira, ligação da avenida 19 de Dezembro com rua Arlindo Planas, e muitas outras.
Qual será o principal projeto cultural e como será realizado?
A Cultura será uma das áreas a serem resgatadas em Maringá. A proposta é ampliar o orçamento dobrando os valores investidos em dois anos de gestão. Recursos que vão garantir todos os projetos existentes e os muitos que serão lançados na próxima gestão.
A começar pela ampliação dos benefícios do Prêmio Aniceto Matti, com o aprimoramento da lei garantindo mais recursos públicos e a abertura de financiamento dos projetos através de recursos externos. A nova redação da Lei de Incentivo à Cultura vai incluir ainda novas formas de classificação dos projetos inscritos, ampliando o número de propostas classificadas.
Nosso plano de governo para a cultura foi baseado em duas grandes premissas, após muito diálogo, que continua. Estamos ouvindo o maior número possível de pessoas na área da cultura.
Compromisso 1 - Tirar a cultura da periferia da gestão municipal e colocá-la no centro da administração.
Nós vamos integrar a cultura a outras pastas.
Aqui vale ressaltar que o nosso plano de governo foi feito com propostas transversais. Ou seja, as propostas para uma área têm abrangência em muitas das demais, como educação, esporte, lazer, meio ambiente e até na saúde.
Compromisso 2 - A outra grande linha de pensamento do nosso plano é trabalhar usando como norte o Plano Municipal de Cultura, perseguindo seus objetivos e metas, mas sempre procurando ouvir e dialogar com o conselho municipal de cultura e os produtores culturais de Maringá, para a tomada de decisões e aperfeiçoamento permanente dos planos a serem realizados.
Nossa administração será construída a partir do diálogo e da união em torno dos objetivos comuns.
O administrador precisa ser o facilitador, aquele que faz as coisas acontecerem, atendendo às demandas, aqui no caso, da cultura.
Calendário anual com eventos do município - Com esse calendário a cultura vai ajudar a impulsionar o turismo em Maringá.
Esse calendário será elaborado pelo Gabinete, Secretaria de Cultura, de Desenvolvimento Econômico, em parceria com o Convention Bureau e entidades interessadas.
Nos últimos cinco anos, a população em situação de rua dobrou em Maringá. De acordo com a última pesquisa realizada pelo Observatório das Metrópoles, em 2019 o índice foi 27% superior ao ano de 2018 e muitos indivíduos estão nessa situação há menos de um ano. Como o município pode auxiliar para que essas pessoas saiam da situação de rua?
Essa situação aponta para a falta de políticas públicas na área de assistência social. Vamos realizar estudos e planejamento, utilizando inclusive alguns dados já existentes, estudo socioeconômico da população para instituir projetos na área de assistência social e cidadania. O pessoal para desenvolvimento dos diversos programas identificados será qualificado para cada um deles.
O relacionamento com as entidades de assistência social será permanente, formulando políticas públicas e parcerias para a missão de promover inclusão e bem-estar.
Após dois anos consecutivos em primeiro lugar como a melhor cidade do Brasil, Maringá caiu de posição e se encontra em segundo lugar no ranking “Desafios da Gestão Municipal (DGM)” que analisa quatro setores fundamentais: saúde, educação, segurança, saneamento e sustentabilidade. Na sua opinião, quais medidas deveriam ser tomadas para Maringá recuperar a liderança?
Infelizmente a verdade é que estamos caindo nos índices a cada ano. Não foi dada a continuidade ao planejamento e com isto Maringá perdeu o equilíbrio das contas públicas. O resultado foi a perda praticamente total da capacidade de investir, de realizar obras. Lembrando que Maringá, na época em que fui secretário de Gestão e Fazenda chegou a investir 20% das suas receitas.
Com diálogo, vamos planejar e realizar uma gestão com controle, responsabilidade e transparência. Já ajudamos Maringá a ser líder em variados índices no Paraná e no Brasil e queremos voltar a estas posições.
Acima de tudo queremos voltar a ter essa capacidade de investimentos para benefício de toda a população.
A pandemia do Coronavírus acarretou uma crise no mercado formal em Maringá. De acordo com dados do Ministério da Economia, cerca de 9,5 mil maringaenses solicitaram o seguro-desemprego entre abril e junho de 2020. Este foi o maior patamar trimestral da série histórica, desde o ano 2000. De que maneira a prefeitura poderia amenizar esses números e quais seriam as medidas adotadas?
Com muito diálogo e responsabilidade vamos unir as entidades representativas de todos os setores empresariais e laborais. Em conjunto vamos encontrar as melhores soluções para a nossa economia.
Em parcerias com o Sebrae, a AMP, o governo do Paraná e entidades organizadas dos principais segmentos econômicos do estado (indústria, comércio, agricultura, cooperativas, microempresas e MEIs), vamos atuar intensamente no apoio às empresas, geração de postos de trabalho e um novo tempo para a nossa economia.
O Plano de Mobilidade de Maringá, o PlanMob, tem como principal objetivo estabelecer um trânsito menos poluente, com maior qualidade no transporte coletivo e viabilidade para o uso de bicicletas como meio de transporte. Considerando a realidade maringaense, quais destes fatores seria o principal obstáculo a ser superado para a implementação do PlanMob de modo efetivo?
Mobilidade, sem dúvida, é desafio. Com certeza vamos buscar todas as alternativas possíveis e viáveis para um trânsito mais ágil, mais segura e sustentável. Uma das metas será e redução pela metade da tarifa do transporte coletivo, incentivando a redução do número de veículos nas ruas. Também buscaremos mais qualidade ao sistema de transporte coletivo.
Daremos continuidade ao projeto de ciclovias e vamos integrar trechos importante, que hoje estão isolados.
Junto a tudo isso também vamos melhorar a mobilidade de modo geral, retirando boa parte dos veículos das vias mais congestionadas apenas completando obras projetadas que não foram realizadas nos últimos anos.
Na sua opinião, qual é o principal problema a ser resolvido em Maringá? E como pretende resolvê-lo?
As demandas são enormes e algumas estão na pauta há muito tempo e não foram atendidas. Fila das creches, atendimento na saúde, políticas públicas eficientes na assistência social e melhoria da mobilidade.
Por isso o nosso objetivo imediato é a colocação da casa em ordem, com diálogo, planejamento, controle, responsabilidade e transparência.
Maringá pode mais, mais! E nós sabemos que administrando com estes fundamentos vamos fazer de Maringá a cidade que os servidores, os trabalhadores, os empresários, os profissionais liberais e todos os maringaenses desejam.
CANDIDATOS – O intuito da série de entrevistas é fazer com que o público conheça um pouco mais sobre os candidatos, suas opiniões e propostas. Confira a data de postagem de cada matéria. A ordem estabelecida é alfabética:
- Akemi Nishimori - PL (5 de outubro)
- Anníbal Bianchini - PTC (6 de outubro)
- Audilene Rocha - Progressistas (7 de outubro)
- Carlos Mariucci - PT (sem respostas)
- Dr. Batista - DEM (8 de outubro)
- Eliseu Fortes - Patriota (9 de outubro)
- Evandro Oliveira - PSDB (13 de outubro)
- Homero Marchese - Pros (14 de outubro)
- José Luiz Bovo - Podemos (15 de outubro)
- Professor Edmilson Aparecido da Silva - PSOL (16 de outubro)
- Rogério Calazans - Avante (17 de outubro)
- Ulisses Maia - PSD (20 de outubro)
- Valdir Pignata - Cidadania (21 de outubro)